IMPUNIDADE ATÉ QUANDO?

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Fonte: Pixabay

Mais um ano começa, uma nova competição e as mesmas cenas grotescas se repetem. 

Até quando vamos observar esses atos de vandalismo e barbárie assolarem o futebol? 

Até quando os verdadeiros torcedores serão afastados dos estádios por marginais travestidos de torcedores? 

Até quando nossas leis arcaicas continuarão a “proteger” esses bandidos? 

Ouvimos que no Brasil não existe pena de crime perpétua, mas banir um marginal desse dos estádios não é uma pena perpétua e, sim uma forma de proteger o cidadão de bem. 

As autoridades, os legisladores, precisam urgentemente endurecer as leis, realmente punir de forma exemplar os infratores e ter coragem para banir e fechar essas ditas torcidas organizadas. 

Torcidas que, em muitos casos, servem de fachada para unir criminosos e não para unir torcedores. É só observar que em todos os casos de briga e violência as torcidas uniformizadas estão diretamente envolvidas. 

Não existe mais respeito pelo ser humano, por crianças e mulheres, por idosos e deficientes, pelo esporte. O objetivo é fazer o mal e isso deve acabar. 

Extinção das torcidas que praticam atos de violência, punição severa aos vândalos (cadeia, proibição de entrar nos estádios, prestação de serviços comunitários, multa, comparecimento à delegacia no horário do jogo do seu time) e punição aos clubes que apoiam essas torcidas (perda de pontos, perda de mando de campo, jogar com portões fechados, multa). 

Existem inúmeras medidas adotadas com sucesso em outros países que poderíamos implementar aqui. É apenas uma questão de iniciativa, coragem e imparcialidade. 

Tudo passa pelo rigor da lei e, principalmente, pela aplicação dessa lei. Não adianta a polícia prender e a justiça soltar porque existem brechas jurídicas nas leis. 

Devemos definitivamente erradicar esse mal do futebol brasileiro. É um caminho sem volta.

 Por Fabio Cunha*

* Técnico de Futebol; mestre em Ciências do Movimento (UnG); pós-graduado em Metodologia da Aprendizagem e Treinamento do Futebol (UGF); pós-graduado em Psicologia Esportiva (UCB); pós-graduado em Treinamento, Técnicas e Táticas Esportivas (Fac. Pitágoras) e Bacharel em Esporte com Habilitação em Treinamento em Futebol (USP). Autor dos livros: Torcidas no futebol: espetáculo ou vandalismo? e Técnico de futebol: a arte de comandar. Palestrante em cursos, seminários e congressos em todo o Brasil.