A FORMAÇÃO DO TREINADOR BRASILEIRO

Muito se fala sobre a formação do treinador brasileiro, principalmente após a disputa da Copa do Mundo de 2014 em nosso país. Será esse o único problema do nosso futebol? 

Existe uma defasagem histórica na formação dos técnicos brasileiros. Foram anos entendendo não se fazer necessário estudar futebol. A ciência não era bem-vinda a esse ambiente, falta de hábito com os livros era comum, existia o medo do novo. As conquistas mundiais deixaram de herança a soberba.

 

Há bem pouco tempo, o perfil do treinador brasileiro era polarizado entre o ex-jogador de futebol e o acadêmico. O ex-jogador com experiência de vestiário, domínio do campo e, principalmente, o saber fazer, faltando-lhe fundamentação teórica para conduzir atletas ao conhecimento. O acadêmico com a ciência a seu favor e o domínio da pedagogia – sabe o que, quando, como e porque ensinar. Porém, desconhece os atalhos de quem vivenciou inúmeras experiências práticas.

Sai na frente o treinador que tem a experiência prática como atleta de futebol, a formação acadêmica aliada a atualização em cursos de liderança e gestão de pessoas. Em síntese, ganhará espaço o técnico antenado as novas tecnologias e domínio na comunicação com jovens, entendendo o futebol como um organismo vivo e em constante transformação. O arcabouço teórico acima descrito está à disposição nos cursos de qualificação ministrados pela UEFA e, mais recentemente, pela CBF.

A entidade inaugurou o Curso de Formação de Treinadores em 2009. Nomes como Hélio do Anjos, Renê Simões, os campeões mundiais Roque Junior e Taffarel, e também Eduardo Batista e Doriva abrilhantam o curso. O treinador da Seleção brasileira, Dunga, deu a importância que o curso merece marcando presença.

Os treinadores baianos antenados com esse movimento se fazem presentes também. São eles: Marcelo Chamusca, Charles Fabian, Wesley Carvalho e Hamilton Mendes. Sinto-me orgulhoso de participar desse momento histórico de transformação do nosso futebol. Tenho estes grandes profissionais como colegas de turma e ainda colaboro como instrutor no desenvolvimento de técnicos que se habilitam para a formação de jovens atletas.  

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Outras reflexões
O Brasil era o único país do mundo com estilo de arbitragem que provocava redução na intensidade do jogo. Excesso de faltas marcadas, diminuição do tempo de bola rolando, etc. Essa mentalidade tem mudado nos últimos anos, principalmente com a Cruzada Pelo Respeito, campanha criada pela Comissão de Arbitragem da CBF.

Outro ponto é a imprensa esportiva, que vê o jogo atual, mas analisa os fatos alicerçados em conceitos do futebol praticado em décadas passadas. Conhecer e reconhecer o passado é fundamental para entender o presente e projetar o futuro. Ficar preso ao passado pode trazer uma melancolia nada funcional. Alguns profissionais já reconheceram esta questão, e inclusive começaram a procurar cursos técnicos para se especializar.

Mais uma reflexão necessária refere-se a constante troca de treinadores. Em média, a cada 15 rodadas um treinador perde o emprego – recorde mundial. Na Bahia, a situação é ainda pior – treinadores são demitidos com apenas um ou dois jogos, fruto de um imediatismo dos nossos dirigentes, que também necessitam de qualificação mais apropriada. Na Itália, pior cenário no mundo europeu, o comando é trocado, em média, com 45 rodadas (uma temporada). 

O crescimento do nosso futebol passa pela qualificação dos treinadores, sejam da base ou da equipe profissional, afinal eles têm a missão de (trans)formar. Treinadores melhores, jogadores melhores, jogo melhor.

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Por Carlos Amadeu

* Ex-jogador de futebol, técnico da seleção brasileira sub-17 e MBA em Gestão Esportiva

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Fonte: http://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/artigo-a-formacao-do-treinador-brasileiro/

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CINCO ESTRATÉGIAS DE COMO LIDERAR UMA EQUIPE DE FUTEBOL

Tendo em vista de que um dos maiores desafios de treinadores de futebol é ajudar atletas a atingirem melhores rendimentos pessoais e profissionais, desenvolvi neste artigo cinco estratégias que eu aplico em como liderar equipes de futebol mantendo-os dentro de um ambiente competitivo em alta performance em um longo período de tempo.

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RESGATE DO FUTEBOL ARTE

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Enquanto em muitos países a educação é a base para todo o trabalho e desenvolvimento profissional, onde se busca conhecimento, novas metodologias e tecnologias, troca de informações, melhora no treinamento, no Brasil acontece o contrário. Poucos acham que devem aprender, poucos procuram novos conhecimentos, poucos se dedicam a empregar novas tecnologias, enfim, o futebol brasileiro parou no tempo. Os profissionais do futebol brasileiro, de um modo geral, não acordaram para a terrível crise técnica e tática que vivemos. 

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FUTEBOL BRASILEIRO CAMINHA PARA A FALÊNCIA TÉCNICA

O futebol brasileiro caminha a passos largos para a falência técnica e tática.

Cada ano que passa, constata-se que a distância do futebol apresentado pela Seleção Brasileira diminui em relação aos demais países.

Não estou aqui criticando o atual técnico da Seleção, ou os do passado, a crítica é para o futebol brasileiro em geral.

Essa história de que não tem mais bobo no futebol é uma grande besteira. O mundo evoluiu, carroças viraram carros, ábacos viraram computadores e, por aí vai. O futebol evoluiu no mundo e no Brasil regrediu.

Enquanto todos procuram conhecimento, novas metodologias e tecnologias, trocar informações, melhora no treinamento, no Brasil acontece o contrário. Poucos acham que devem aprender, poucos procuram novos conhecimentos, poucos se dedicam a empregar novas tecnologias, enfim, o futebol brasileiro parou no tempo.

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