Infelizmente em “terras tupiniquins”, creio que desde sempre e persistindo o fato até neste exato momento e pelo que vemos não parece ter fim, o profissional “treinador” ou “técnico de futebol”, como queiram chamar, não tem o devido reconhecimento e o respeito merecido desde sua existência. Fato este que acontece mais comumente apenas aqui, diga se de passagem. Que santa novidade não acham?!… (risos).
Como sabemos e isso está escancarado para todos verem, através de diversos meios de comunicação e óbvio, nos corredores dos bastidores da bola, o treinador para conseguir ter sucesso em mais de três partidas na função que ocupa aqui no nosso futebol brasileiro, não se espantem meus caros, é especialmente digno de uma “medalha de lata”, aquelas toscas do “honra ao mérito”, na porta dos seus respectivos clubes que dirigem, regado de muita “gelada” e “carne de segunda” e um bom “samba de roda no partido alto…”, tudo isso entregue por “Eles!”, certo?!…(risos). Piada não é mesmo?!
É duro ironizar dessa forma, mas fazer o que, vivemos essa triste realidade desde os primórdios da profissão. É difícil de aceitar isso, mas os nossos “intelectualóides” já classificam essa triste realidade deselegante, como fato cultural. É mole?!…. Vou te contar viu!…
Eu, em minha vida no futebol, profissionalmente são doze anos de carreira, dentre esses anos, como atleta, treinador de base, auxiliar técnico e educador físico de formação e, humildemente, quero expressar a minha opinião, existem alguns fatores que dentro dessa dura realidade e peço uma parte aos nossos treinadores de futebol mais experientes, para poder externar o que penso sobre toda essa besteira aí que nos incomoda e muito, e claro, sempre procurando aprender para não chegar aqui e falar besteira, mas sim expor o que entendo sobre estes problemas que fazem com que os nossos treinadores de futebol Brasil à fora diretamente ou indiretamente continuem sendo ridicularizados pela minoria que se apoiam através da mídia e por aqueles que hoje assinam os cheques, onde estes, entram nos clubes pobres como Eu e saem milionários como ratos famintos.
Como não parece ter solução para este problema, que está na concretização oficial ao respeito e reconhecimento ao profissional treinador de futebol, para que este sim, tenha mais oportunidade e voz ativa como os outros dos demais ramos profissionais que já os tem, para que este sim, tenha um tempo a mais para poder em sua proposta de trabalho ao clube que dirigir, possa ter continuidade em sua missão dentro daquilo acordado e assinado com tal entidade, onde seja respeitado, ganhando ou perdendo. Para que este sim, seja respeitadíssimo por tais dirigentes que muitas vezes fazem vista grossa quando o treinador não consegue resultados positivos, deixando então os criminosos e ignorantes adeptos fanáticos de torcidas organizadas que se dizem apoiar e torcer pelo seu clube honestamente, deixando assim, que estes facínoras nojentos, agridam brutalmente, seja verbal ou fisicamente, o treinador, que além de ser um profissional que merece total respeito, um chefe de família, e que acima de tudo é um ser humano.
Chega dessa lastima não é mesmo caros colegas treinadores?!… Creio que para combatermos um pouco dessa covardia contra a nossa classe, e que é de direito, não há mais jeito, chegou o momento de estarmos juntos, de nos unirmos mais e reconhecer de vez que, precisamos de respeito acima de tudo.
No Brasil, existem sindicatos, associações, órgãos autorizados a defender os direitos da classe, mas que infelizmente ainda não são páreos para o conceito cruel e insano da minoria que nos julgam. Temos que pensar, repensar e pôr em prática os nossos direitos da profissão, chega de ser taxado como um profissional invisível e ao mesmo tempo extremamente cobrado por tudo e por todos.
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Por Jânio Bernardino
*Treinador de futebol; Auxiliar técnico; Graduado em Educação Física (Faculdade Estácio Euro-panamericana de Humanidades e Tecnologias); Capacitação em Pedagogia Aplicada ao Futebol (FACASP)
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